Novos Voos - Take Two

terça-feira, abril 05, 2005
Cá istou eu outra veiz às iscondidas

Járre comessaram azaulas e ainda beim pruque estas férias da Páscua não me curreram munto beim.
O meu pai cada veiz anda mais lichado cumigo e eu seim culpa ninhuma que não teinho culpa de aver coisas que correim mal cuando eu fasso tudo beim. Agora, aleim de me ter curtado os beibeleides, também não me deicha ver os digimons, e o dórrémi. Quésse dizer, cuaze não mêto o nariz na televizão. Inda prucima agora os digimons andam a dar as digivolussões e eu perco aquilo tudo e despois já não sei àscuantas ando.
Ele impelica purtudo e purnada. A gora até com a minha maneira de iscrever impelica, sismou que eu avia de istar mais adiantado. Veijam lá próque lhe avia de dar. Cômo se a um rapaz de 9 anos se pudeçe izegir mais! É mêsmo só prembirrar.
Beim, mas eu conto algumas coizas caconteceram.
Primeirus fui eu que pressizava de um elástico pruque a minha mãe como eu já contei me tirou a minha fisga que me tinha ficado cara cumócarassas, pruque tive que dar ao Alberto 20 dos meus munecos dos digimons mais difíceis em teroca, e ela tirouma só pruque eu matei o pombo de estimassão do istúpido do Leopoldo que mora aqui mêsmo emfrente e que me tinha largado uma enorme cagáda emcima, e tamém semcrer parti a montra do talho do Albino pruque me iscapou a mão pruque eu istava era a fazer pontaria era à cabessorra do Henrique que ia a entrar pra lá, e que me tinha roubado um livro do Cascão na iscola.
Beim, mazadiante, como não arranjava elásticus, pra fazer uma fisga, fui às cuecas da minha avó Ermelinda que peza 130 qilos e usa umas cuecas que paressem uma tenda de campismo. Ora eu comuito cuidado tirei um bocado dumas e outro doutras e acim me desenrrasquei. Depois, fiz um nó no elástico que çobrou nas cuecas e aquilo ficou tão prefeitinho que paressiam novas. Mas aicho que lhe devem ter ficado um bucado apertadas, pruque ela quando ia a decher as iscadas dizia que as cuecas a istavam a incumudar e cuando xigou à rua ficou com elas plus trunuzelos, trupessou e caiu emssima do canixe da dona Etelvina do rés do xão, pruque o nó se dezatou. Oilheim, foi uma grande vergoinha, maza a culpa foi da barrigona dela não foi minha. E a minha mãe cuando me viu a fisga nova descobriu donde tinham vindo os ilásticos, e lá fiquei outra vez çem fisga. E sem digimons na televizão.
Já é a sigunda vez que teinho probolemas com a minha avó Ermelinda. Da outra veiz foi cuando lhe teroquei os chanaxes pelos gutolaxes e ela paçou dois dias de calssas na mão a caminho da caza de beinho cuma caganeira que não avia maneira de paçar(a minha mãe diz que çe diz diarreia mas pró meu pai diz caganeira, prutanto deve çer açim que çe xama)
O canixe da dona Etelvina é que não subreviveu, tadinho. Olha a ademirassão. Ficou parecia que tinha ficado debaicho de um cilindro daqueles de alcatruar as istradas.
Despois, aconteceu outra que tamém não tive culpa. Pruçima de mim mora uma gaija que um gaijo que mora em frente anda seimpre a galar, e que por acazo é no computador dele que eu istou agora, que a minha mãe veim cá fazer limpezas. A gaija chama-se Eliza, vai prá janela cantar, e até lhe xamam a istoira vidros e deve de çer rica pruque o meu pai istá çempre a dizer que ela tem uma rica bilha e um rico par de érbégues, e prutanto tem a mania qué alguém. Ora noutro dia paçei numa rua onde istava um cartaz grande com uma gaija parecida, de boca aberta, uma grande peitassa quaze como a dela e era um anúnçio a um musique-ol que çe xamava Mama Mia.
É que pareçia mêsmo ela! Demaneira que quando a vi lhe preguntei se era ela a da Mama Mia e ela pegoume numa orelha e levoume ao meu pai e contoulhe que eu era um malcriadão e que lhe tinha xamada mamalhuda. O meu pai ficou todo vrumelho e prumeteulhe que mia castigar. E lá se foram mais duas çemanas de digimons. Logo ele é que mavia de castigar . Logo ele ca minha mãe amiaçou quessia embora se ele não tiraçe a foto grafia da Panela Anderçon toda descascada decima da meza de cabeceira!
E prontes, já vêem que ando em maré de azares.
Hora eu aixo que os ezemplus cômo diz a minha mãe deviam vir de çima e não vêem.
É açim: mora aqui um gaijo que é de cor, puracazo é preto mazu o meu pai diz que se diz de côr e eu ainda não preçebi pruqué que sele é preto não se háde dizer a cor dele, masenfim ção coisas de peçoas grandes. Bem, mazadiante, ele xamaçe Bunifáçio e é trolha mas çó trabalha no résdoxão pruque çe mete um bocado no trotil (cômo quase tôdos aqui na zona a cumessar por o meu pai, eheheh) e despois nus outros andares diz que tem vertiges. Ora ele cômo istá çempre a çer despedido nunca consegue pagar a conta na tasca du Adérito e ele curtoulhe us fiados. O Bunifáçio ficou lichado e agora cada vez que vinha das obras çempre já beim aviadito, metia lá a cabêssa na tasca e dizia:
- Ó Adérito o teu vinho é uma çurrapa. Eu çei bem as mistelas que fazes lá dentro na cuzinha. Eçe vinho não vale a ponta dum corno. Metio no oilho.
Ele fez aquilo umas poucas de çemanas e o Adérito já istava piurso pruque ás vezes istavam lá freguezes novos e çecalhar pençavam caquilo das mistelas era verdade e já não voltavam.
Ora beim, eu çei a istória toda porque o meu pai é cassador e foi a ele cu Adérito pediu 2 cartuxos. O meu pai cômo lá tem tamém uns fiados deulhos. O Adérito pegou nos xumbos dos cartuxos e meteuos no fundo dum copo e despois acabou de o inxer cu vinho. Noutro dia quando o Bunifáçio lá açomou, ele neim o deixou falar. Çó lhe diçe:
- Oije não dizes nada seim pruvares esta especialidade qué pra veres cé uma çurrapa.
O Bunifáçio cômo era de borla nem esitou e mamou aquilo de um golo só.
Mas nu outro dia apareceu lá com uma cara munto isquisita, entrou com umas ceroulas na mão e diçe:
- É pá, ó Adérito? Quem é quete furneçeu aquele vinho? Aixo que me çoube bem mas fiquei logo cu istôgamo pezado, não paçei munto beim a noite, mas o pior foi de manhã.
E foi aí que istendeu as çeroulas em çima do balcão de mrámore do Adérito e elas tinham um grande buraco todo xamuscado no çítio do rabo:
- Já vistes? Oije istava a fazer a barba no ispelho que tenho espendurado na janela da cuzinha, peidei-me e matei o gato à Olímpia (qué a mulher dele).
Beim, o Adérito negou tudo, e toda a gente faz çegrêdo pruque todos têem fiados no Adérito, mas o Bunifáçio continua munto desconfiado e a Olímpia anda inconçolável cua morte do Tição (quéra o gato dela).

Cômo vêm pur esta linda istória, despois nós os pucaninos é que çó fazemos asneiras! E çó a nós é que puribem de vêr os digimons e os beibeleides, çem isqueçer o dórrémi!

Carlinhos

Escrito por: VdeAlmeida, em 4/05/2005 06:59:00 da tarde | Permalink | |


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