Novos Voos - Take Two

terça-feira, março 29, 2005
Morrer de Amor

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Não sei se um dia partirás
mas se o fizeres
vai de noite,
que eu não quero conhecer
as cores desse dia.
E nem deixes para trás a agonia,
rompe-me a aorta,
corta-me a respiração
deixa-me espalhado pelo chão.
Abre-me o peito com um estilete
estreito, longo e afiado
e leva contigo o coração.
Expõe-o numa vitrine
com um cartaz grande,
bem visível
e escreve a negro reforçado:
“Eis o que resta do último romântico
que por amor se deixou morrer.
Que absurdo,
chega a ser risível
Um querer ser diferente,
uma vaidade
Como se o amor não fosse há muito
um produto perecível
Pensaria porventura ele que se tratava
De um bem de primeira necessidade?”



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Escrito por: VdeAlmeida, em 3/29/2005 03:56:00 da tarde | Permalink | |


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