Faço de conta
que não te vejo
as costas sinuosas
e perfeitas
Faço de conta
que não te vejo
os seios túrgidos
a tremer
Faço de conta
que não te vejo
As nádegas firmes
e vibrantes
Faço de conta
que não te vejo
no corpo de seda
a água a descer
A tudo sou alheio
ou quero ser
Mesmo á beleza
que espalhas ao passar
Volto-te as costas
Só para não te ver
só para não sentir
Esta humidade quente
que soltas pelo ar
Desperto.
Como recusar a tentação
Se me quero oferecer
inteiro a ela?
Só podia ser um sonho
Uma ilusão.
Sigo os teus passos
Não te dou espaços
Volto aos teus braços