Novos Voos - Take Two

segunda-feira, dezembro 13, 2004
Esta não é pró Pai Natal

Oije ouve um trumor de terra que eu vi na telvizão. Eu na altura não me periocupei pruque pensei que era o noço vizinho do lado, o sr. Euclides da loija de ferragens, que tinha outra vez a tubagem com gazes que ele quando anda açim faz um barulho do carassas quando vai à caza de beinho e o noço prédio que já não é nôvo treme todo. E eu até já estou abituado aos tremeliques do meu prédio prucausa do rebuliço que á todas as noites por volta das 11 horas na caza do Enriques das águas furtadas que até nos cai calissa na çala, só ouvimos umas coisas a ranjer, ele a gritar Aaah!aaahaaah! e a mulher dele a arfar muito alto até que gritam os dois Uaaauuuu! e depois calam-se ao mesmo tempo. Eu até já preguntei ao meu pai o que seria aquilo e ele diçe-me que eram eles que pretençem a um grupo de teatro amador e andam a ençaiar uma pessa mas devem ser munto burros pruque já andam a ençaiar a mesma sena há mais de dois anos e noutro dia até preguntei ao gaijo quando é que se estreava e ele ficou a oilhar pra mim com cara de maxo (que é aquele animal que é o marido da mula)
Beim mas voltando à conversa ouvi dizer na telvizão que afinal aquilo tinha sido um trumor de terra de 5,4 na escala de Rister, que axo quié uma gaija qualquer cum nome esquizito e até preguntei ao meu pai quem era e ele respondeu que axava que era uma jogadora de ténis belga, mas eu disse que essa se xama Quelister. O avou Armindo disse logo que o nome lhe trazia más recurdassões não sei pruquê e nem lhe preguntei que o avou Armindo já não regula munto beim. A propósito do avou Armindo ele à ora do lanxe deu um traque e borrou as calssas do pijama e a avó Capitolina deu-lhe uma descasca mas ele diçe que tinha çido com o susto pruvucado pelo trumor de terra e eu diçe-lhe que iço já tinha sido á 2 oras e ele diçe pra não ser impretinente e preguntou se eu não sabia que ele prucausa da idade ouvia mal. Eu cá axo que foi uma grande desculpa dele para se largar mas desta vez saíu-lhe o tiro pela cu latra.

Ontem á noite vi outra vez o Tissão no telhado em frente da noça caza a miar e quando fazia miaúúúú, paressia mesmo uma vizinha noça que mora aqui emçima e que se xama Eliza e que canta cumo ele mas ela canta mais alto mas tamém não é cazo pra admirar pruque ela tem uns plumões munto maiores que o bixano. Mas o gaijo não volta pra caza, pareçe que adivinha que lhi ando a preparar uma supreza que desta é que nem volta a pôr cá os coutos. Não conto o quié mas o gaijo vai pagar por eu ter ficado sem ver os beibeleides e se não fôr o veterinário sou eu, mas aposto que o gaijo não volta a ser pai.
O pior é que a minha mãe agora anda a pedir ao meu pai para comprar um cãozito que tá ali na loja de animais da rua de çima, mas o cão é daqueles piquenos que parecem uns porta-chaves açim muito amaricados e desses já chega o primo Salvador, que o meu pai apanhou um destes dias no quarto a esprimentar a lanjeri vermelha que a minha mãe usa em dias ispeçiais (pelo menos foi iço que o meu pai diçe).

O meu pai está agora a discutir com a minha mãe e com a avó Capitolina, que o avou Armindo foi para a cama de castigo, uma coisa que é a violência duméstica que é aquilo da purrada e essas coisas todas que fazem em caza sem ninguém saber. Tou pra ver quando é que eles xegam à parte em que confeçam as maldades que me fazem. Pra já ainda não estiveram de acordo em nada prinçipalmente quando o meu pai diçe que só se devia bater numa mulher por duas razões e a minha mãe perguntou quais eram.
Ele respondeu que eram : Por tudo e por nada.
Eu axo é que ainda vai aver molho, prutantes, pá, vou pra cama antes que sobre pra mim


Escrito por: VdeAlmeida, em 12/13/2004 10:56:00 da tarde | Permalink | |


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