Deixas cair
sobre o meu peito
o cabelo em cascatas
de dourado,
Por cima do teu ombro,
o mar imenso.
O corpo cálido,
que me adere á pele
Soberbo, soberano do meu,
impiedoso,
Cola-se ao ventre
que convulso vibra
Em vagas de desejo espesso,
intenso.
E eu deixo-me perder,
inércia absoluta.
Sem um ai,
sem um queixume
Afundo-me nos silenciosos
recantos da paixão,
não resisto,
Desisto,
não dou luta
Deixo-me guiar pela tua mão.
Dissolvo-me por inteiro
em teu perfume,
Nem sinto em mim o frio
da maré vasa
Que a loucura do teu corpo
há muito que tornou o meu,
cativa brasa
Foto daqui