Os Amigos e Amigas que habitualmente têm a gentileza de me lerem, e aqueles a quem costumo visitar, devem ter já estranhado a minha recente falta de assiduidade, facto não muito habitual em mim. Mas a vida tem destas coisas, há alturas em que outros valores nos chamam e nem sempre está nas nossas mãos podermos corresponder devidamente às gentilezas com que nos cumulam, e é isso que se tem passado comigo nestes últimos tempos.
Mas como não há bem que sempre dure, nem mal que não se acabe, espero, por estes dias, voltar à regularidade habitual, que as saudades já são que bastem. Aproveitei para fazer um "aggiornamento" nos links dos meus favoritos, mas como nas obras há sempre coisas que nos escapam, agradecia que se alguém vir que falta o seu link, me avise que o reporei.
E aproveito para vos dizer, que como compensação para esta minha falta, ando a preparar uma surpresa para todos e cada um de vós, que talvez amanhã dependendo da minha disponibilidade, deixarei aqui.
Por hoje, como "o melhor do mundo são as crianças", deixo-vos a foto de uma.
E como o Natal, que é, ou devia ser, a época de todas as crianças do mundo, se vai aproximando, deixo-vos com um poema de um dos meus poetas do coração
Ladainha dos póstumos natais
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se seja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós contigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo a Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Natal retome a cor do Infinito
(David Mourão Ferreira)