Aguardo sempre ansioso pelo estio
do sol ardente e desta brisa breve
que me lambe a pele, suave e varre o frio
do corpo espalhado em leito quente
do desejo que corre à solta como um rio
Da modorra, da preguiça, da indolência
do sonho que não lembro pela manhã
da ansiedade, dos espasmos, da dormência
do explodir incontrolável do vulcão
que é o corpo em noites quentes de verão
Foto de Manuela Morgado
Um abraço. Augusto