Novos Voos - Take Two

domingo, junho 12, 2005
Pelas cores do Alentejo Profundo
Amarelos…

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Verdes…

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O fundo do tunel…

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Uma luz no meio da História...

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Ruas em branco e flor…

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Imaculados…

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Recordações de uma tarde de sol em Castelo de Vide e Marvão

Jardim Perdido, a grande maravilha
Pela qual eternamente em mim
A tua face se ergue e brilha
Foi esse teu poder de não ter fim
Nem tempo, nem lugar e não ter nome

Sempre me abandonaste à beira de uma fome
As coisas nas tuas linhas oferecidas
Sempre ao meu encontro vieram já perdidas

Em cada um dos teus gestos sonhava
Um caminho de estranhas perspectivas,
E cada flor no tempo desdobrava
Um tumulto de danças fugitivas.

Os sons, os gestos, os motivos humanos
passaram em redor sem te tocar,
E só os deuses vieram habitar
No vazio infinito dos teus planos.
(Sophia de Mello Breyner Andersen)

Escrito por: VdeAlmeida, em 6/12/2005 05:09:00 da tarde | Permalink | |


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