Novos Voos - Take Two

sábado, maio 28, 2005

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Quando no dia 28 de Maio de 1996, há precisamente nove anos portanto, me levantei para ir como em qualquer outro dia, para o escritório, e embora algo cá dentro me dissesse que não ia ser um dia igual aos outros, nunca pensei que acabasse por se tornar um dia tão marcante na minha vida.
Foi o dia em que nasceste, e a partir desse dia, nada mais foi igual. Quando me ligaram a dizer que tinhas nascido, larguei tudo e corri para a Estefânia. Acho que nunca conduzi tão depressa através da cidade como naquele dia.
Quando te vi através do vidro que me separava dos recém-nascidos, “conheci-te” logo. Só podias ser aquele. Não sei o que me fez “adivinhar-te”, mas aconteceu. E achei-te um espanto. Diziam-me que eras feíozinho, que parecias um joelho. E que não era de admirar, que todos os bebés acabados de nascer eram assim, e que ainda por cima, te tinhas adiantado na vinda.
Mas eu nunca concordei com nada disso. Achava-te o miúdo mais bonito que conhecia. E nunca mudei de opinião até hoje, embora há três anos e tal tenhas companhia nessa minha apreciação.
Depois, foi o crescimento, o ver-te modificar, o ganhares carácter, tornares-te um rapazinho ponderado, por vezes até demais para a tua idade, inteligente sem sobrancerias e sempre diligente nos teus estudos.
E sinto um orgulho enorme por seres assim, sobretudo pela força serena com que ganhas o direito à vida, depois de ela te ter pregado uma partida que não estava no nosso horizonte, mas que tu tens vencido, batalha atrás de batalha, até ao dia em que vencerás a guerra, como eu sei que vencerás.

Do amor que te temos, já há muito que sabes dele. Mas hoje, no dia em que completas nove anos, queria deixar junto com ele, também a expressão de grande admiração que todos temos por ti.

Parabéns, meu querido, que a vida te dê tudo e sejas sempre muito feliz, porque o mereces muito.

Escrito por: VdeAlmeida, em 5/28/2005 10:31:00 da manhã | Permalink | |


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