Ontem foi um dia acidentado, ou melhor, foi a ressaca de um dia acidentado, o que provocou a minha ausência por aqui, e com ela a falta no livro à 4ª feira. E como já não haveria volta a dar, aproveito e recomendo-o hoje, juntamente com o filme à 5ª feira, até porque estão ligados umbilicalmente.
E se do livro pouco haverá a dizer, senão que é uma das obras maiores do génio poético de Pablo Neruda, do filme há a referir o seu lirismo e a sua beleza quase irreal.
Nele se dá conta de uma permuta incomum: enquanto Neruda ensina o seu Carteiro, que o venera de uma forma intensa, a escrever cartas de amor, com as quais conquistará a sua paixão, o Carteiro paga-lhe com uma amizade que rompe todas as barreiras culturais existentes entre os dois.
Trata-se de uma história pungente e extraordinária, que nunca deixará o espectador indiferente.
Refiro que Mario, o Carteiro, foi interpretado por Massimo Troisi, na altura já com uma saúde muito precária, mas que por ter ficado assombrado com o guião, não desistiu do papel que lhe ofereciam, tendo falecido logo após o fim das rodagens.