Se há discos que marcam gerações, este de Jimi Hendrix é um deles, seguramente. Gravado há mais de 30 anos, numa altura em que o estereo dava os primeiros passos, e os gravadores ainda era uns monstros pouco manobráveis, Electric Ladyland é a demonstração à saciedade de que Jimi era mais que um músico insuperável. Era um criador de ambiências extraordinárias, de uma interiorização tão singular do que tocava, que a música parece sair-lhe da pele, e a guitarra é como se fizesse parte de si, como se fosse uma extensão de si próprio. Ou a mulher, a amante. Porque Jimi fazia música como quem faz amor. Mas que faz amor...bem, com paixão, com desejo.
A Capa deste álbum duplo, (que contém, além de muitas outras, um Voodoo Chile verdadeiramente espantoso, na vertigem dos dedos esfacelam as cordas da guitarra, ou uma versão indescritível de All Along de Watchtower, de Dylan), que aqui deixo é a original, que pouco depois a censura viria a banir, passando-a para contra-capa.
Portanto, já veem que a censura é sempre uma matéria recorrente.
Como já referi, durante uns dias não vou ter música nova. Mas lá para dia 10 ainda cá porei uma música do Jimi.
Boas audições.
E é verdade, a censura - leia-se falso moralismo normalmente americano - vem sempre ao de cima.
Grande Hendrix, que influenciou e continua a influenciar tanta boa gente da música!
Bjs.