Aqui - como convém aos mortais –
Tudo é divino
E a pintura embriaga mais
Que o próprio vinho
(Sophia de Mello Breyner – O nome das coisas)
[...]E assim vês, meu amor,
como caminho
pela ilha, pelo mundo,
seguro no meio da primavera,
louco de luz no frio,
caminhando tranquilo no fogo,
erguendo o teu peso de pétala nos braços[...]
(Pablo Neruda – Os versos dos Capitão)
E assim se vai derretendo o Outono mágico
em pacíficos fogos de folhagem
desviando em dormires soltos e serenos
mesmo o mais subtil sinal de Verão trágico
e deixando, fecundo e descuidado
aberto campo ao sonho e à miragem
De incêndio, fica só o rasto da paixão
para a qual não se busca desculpa
nem perdão
fotos daqui