Na passada sexta-feira, dia 5 de Agosto, perfazia-se mais um ano sobre a morte daquela que será sempre o grande ícone erótico e sexual do século XX.
Marilyn, de vida breve, atribulada, tocada pela fama, fortuna, mas também pelos escândalos e pela tragédia, deu à imagem da mulher, uma dimensão erótica nunca até então atingida.
Era a época da grande explosão do cinema, em que as divas do ecran povoavam os sonhos masculinos. E se é certo que muitas foram as belezas exportadas por Hollywood, Bacall, Hayworth, Gardner ou Bergman, nenhuma seria tão desejada, nenhuma era colada em tantos cacifos de estudantes ou militares, ou nas paredes das oficinas de automóveis, como Marilyn.
A sua imagem de marca era a generosidade das suas curvas, o carmim retinto dos seus lábios, a cabeleira platinada, o seu sorriso cândido. Nos filmes, era o paradigma da loira burra, que permaneceu até hoje.
Curiosamente, em oposição às suas curvas pronunciadas, pouco tempo após a sua morte, impor-se-ia a moda das rapariguinhas de relevos quase inexistentes, uma espécie de contraponto entre a mulher em todo o seu esplendor e a adolescente imberbe e anoréctica, de que Twiggy foi o protótipo
A morte de Marilyn, pelo modo como ocorreu, nunca se tendo esclarecido até hoje se se tratou de suicídio, como foi divulgado pelas autoridades, ou se se terá tratado de assassinato, como aventam os adeptos da teoria da conspiração, baseados na ligação que a actriz mantinha com o Presidente dos EUA, ainda mais concorreu para que Marilyn fosse elevada ao Olimpo e o mito se tornasse consistente.
Após ela, muitas belezas têm tomado conta dos écrans, algumas juntando talento à beleza estonteante. Tornam-se desejadas pelos homens, tomam-lhes conta dos sonhos.
Mas o mito de Marilyn permanece intocável, e, não se prevê que alguma outra, nos tempos mais próximos, lhe tire o lugar que ainda ocupa de símbolo máximo de beleza feminina, do desejo tornado mulher