Novos Voos - Take Two

quinta-feira, julho 15, 2004
Estórias exemplares


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Uns dias de ausência, aproximam-se. O sol chama-me e eu não resisto à chamada, cumprindo um ritual que vem de há muito: uns dias sem fazer nada (continuando assim um hábito diário), nada de ginástica, só mesmo sol e mar e umas leituras que se põe em dia.
Aqui, talvez uma saltada fugaz, se houver algum cyber-café a jeito, para espreitar a caixa de correio.
Portanto sábado, este vosso amigo voa rumo ao sul. Mas até lá ainda haverá uma ou outra coisita aqui deixada. Quem sabe não farei a vontade a alguns e deixarei aqui mais uns "pedaços de mim"?

Mas por hoje ficam duas histórias exemplares.

A Inês ontem, ao comentar os pés dos meus "Pedaços", disse que gosta de olhos. Aqui fica uma pequena história do Mário Henriques Leiria, em que nos damos conta de como os olhos podem ter uma influência decisiva na nossa vida

Estendeu os braços carinhosamente e avançou, de mãos abertas e cheias de ternura.
-És tu Ernesto, meu amor?
Não era. Era o Bernardo.
Isso não os impediu de terem muitos meninos e não serem felizes.
É o que faz a miopia


A segunda já aqui tinha deixado, nos primórdios do meu antigo blog, mas não resisto a repeti-la, porque ela mostra bem como pode ser efémera a popularidade, e de como os tais "15 minutos de fama" podem, afinal, ter efeitos nefastos

Hugo, um rapaz de voz potente, preparou cuidadosamente a sua estreia como fadista.
O espectáculo decorria no Salão da junta de Freguesia.
Como era de esperar, foi um sucesso e o público, generoso, não lhe regateou aplausos.
Ovacionou mesmo de pé, clamando:
-Bravo! Bravo!Bis! Bis, Hugo, Biz Hugo, Biz...ugo! Bizugo!

Foi nessa altura que passou um gato e o comeu.

Escrito por: VdeAlmeida, em 7/15/2004 09:45:00 da manhã | Permalink | |


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