Ultimamente, não sei se pelo tempo, que nos invade de nostalgia, enchi-me de saudades de França e de alguns dos recantos que percorri naquela terra. Depois, as minhas idas diárias á Tabacaria da minha amiga Elvira, belo local onde eu, fumador arrependido, todos os dias paro para “ler” revistas e jornais, ver ou rever cartoons, rir-me com uma observação sempre certeira e carregada de ironia, até para colher uma nova receita culinária, e tudo com uma apresentação cheia de bom gosto, portanto apelativa ao retorno, tem contribuído para que a vontade de voltar àquele país se torne quase obsessão.
Malheureusement, não se prevê uma ida tão breve como seria de desejar.
Portanto, nada melhor que ir aos meus "arquivos", rever fotografias de uma viagem feita há uns tempos atrás, percorrendo a Dordogne, o Perigord e o Limousin, fabulosas regiões de França, em que, se a beleza da paisagem natural é um deleite constante para os olhos, a arquitectura faz-nos pensar que entrámos num conto de fadas.
Casa do Sino
Hoje, deixo-vos fotos de uma das vilas mais espectaculares por que passei, Collonges-la-Rouge, em cujo centro urbano vivem somente 93 habitantes (pouco mais de 300 na sua periferia).
Rua Principal
Como se pode ver, a vila, cuja fundação data do séc. VIII, está impecavelmente conservada, tem uma restauração fantástica – estamos na zona da noz e do foie-gras, pelo que são esses os seus pontos fortes (mesmo nas saladas, o azeite é substituído por um óleo de noz muito bom e pouco dado a azias), e acomodações também não faltam (aconselho os chambres d’hôtes, mais baratos, muito confortáveis e limpos, de donos simpáticos e atenciosos e onde se comem uns pequenos almoços caseiros daqueles de já quase não apetecer almoçar)
Castel de Massignac
Parece-me que a melhor altura para visitar a região, será mesmo a Primavera/Verão, uma vez que no Maciço Central neva abundantemente nestes dias. Além de que, naquela altura do ano, terão o privilégio de ver os campos de alfazema em flor, um regalo para os olhos.
Casa de La Ramade de Friac
P.S.- Jacky, c’est merveilleux, crois-moi