Passam hoje 42 anos sobre a morte de um dos maiores ícones do século XX, Marilyn Monroe.
Marilyn, bela como nenhuma outra, teve o mundo a seus pés. Com tudo para ser feliz, não teve sequer tempo para o ser. Dá-nos ela, com a sua morte no auge da sua beleza e fama, a noção da nossa efemeridade, tão semelhante à das orquídeas, explendidamente descritas por Luís Sepulveda em "As Rosas de Atacama":
A noite da selva envolve tudo com o seu silêncio especial, feito de milhares de rumores. É mecanismo prodigioso da vida, que contrai os seus músculos para facilitar o parto da Vénus nocturna, uma orquídea pequena como um botão de camisa, de viva cor violeta, que abre as pétalas com as primeiras luzes do amanhecer e morre poucos minutos depois, porque a diminuta eternidade da sua beleza não resiste à luz de Manú, que muda constantemente, segundo os humores do céu, da água e do vento.